Muitas mães me dizem “Mas meu filho fala”, e mesmo assim tem autismo?
Contei pra vocês no texto anterior que nossa primeira desconfiança com relação ao autismo do nosso filho era por conta do atraso na fala. Ele começou a falar realmente apenas depois dos 4 anos quando fomos procurar um profissional. Depois de uns seis meses de terapia com a fonoaudióloga, ele começou a falar muito melhor. Notamos um grande salto com relação ao falar corretamente dele.
E então, a gente se pergunta: “Mas se ele fala, então não tem autismo né?”
E aqui mora um grande mito sobre o autismo. Nem todo autista é não verbal. Nem todo autista tem atraso no desenvolvimento da fala.
Nenhum autista é igual ao outro!
Para a grande maioria das pessoas e amigos, a fala do meu filho ainda é bem precária. Muita gente não entende exatamente o que ele está falando. Mas apesar disso, a recomendação que recebemos da neuropediatra é que além de ensinar ele falar corretamente as palavras, é necessário que ele aprenda a se comunicar através da fala.
Dificuldade de iniciar uma conversa!
Nosso filho tem muita dificuldade de iniciar uma conversa em um grupo de pessoas. Conosco e com as pessoas que ele já sente confiança, ele consegue conversar. Mas quando estamos em locais com pessoas desconhecidas ou mesmo se ele chega na escola e a brincadeira entre os amigos já começou, ele não consegue iniciar uma comunicação.
Geralmente os adultos ou a irmã em quem ele confia muito é que fazem o meio de campo para ele.
Um ponto importante é que muitas crianças com autismo também são motivadas a falar com base em seus hiper focos. Se elas gostam muito de uma coisa, podem ficar muito tempo conversando com você sobre o assunto, sem que você note que ela tem autismo.
Fonte: Medium
Então, mesmo que uma criança fale, e fale muito, ela pode sim ter autismo.
Volto a salientar que o TEA – Transtorno do Espectro Autista envolve um conjunto de comportamentos na parte da comunicação e linguagem, interação social e comportamento. Então, o falar é apenas um dos pontos que devem ser analisados na hora de se fazer a avaliação de uma criança.
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