Será que Meu Filho Tem TOD – Transtorno Opositor Desafiador?

Em determinado momento me deparei com a pergunta “Será que meu filho tem TOD – transtorno opositor desafiador?

Eu lembro claramente de viver uma fase em que meu filho se recusava a fazer as coisas. Tudo tinha que ser exatamente como ele queria. Não adiantava de nada você pedir, ser mais enérgica e até mesmo colocar de castigo – ele sempre fazia as coisas ao contrário do que pedíamos.

Levei ao pediatra e fui muito direta “Não sei mais o que fazer”! E não sabia mesmo. Já estava cansada num grau que beirava ao desespero de não saber como agir com meu filho. Foi então que a pediatra sugeriu fazer uma avaliação com um psicólogo para investigar TOD. Eu não tinha nem ideia do que essa sigla significava. Saí do consultório e fui direto para o google procurar o que era exatamente esse transtorno. E tanto eu quanto meu marido ficamos muito assustados quando vimos do que de fato se tratava.

O TOD é um transtorno em que a criança ou adolescente apresentam padrões contínuos de comportamento desafiador, vingativo, raivoso e argumentativo em relação a figuras de autoridade. Não gostam de obedecer regras e possuem um nível de irritabilidade muito elevado. É preciso dizer que toda criança possui comportamentos desafiadores ou questionadores mas num grau muito pequeno que não interfere na vida delas. Outro ponto a ser observado é que para enquadrar a criança ou adolescente dentro do TOD, os sintomas precisam estar presentes por um período superior a seis meses. Os sintomas costumam aparecer entre 6 e 8 anos de idade da criança e na maior parte das vezes se manifesta contra as figuras dos pais, cuidadores ou professores.

transtorno opositor desafiador

Não existe uma causa comprovada do transtorno opositor desafiador. Há uma linha de evidências que sugere que o TOD seja desencadeado por fatores ambientais, de desenvolvimento e genéticos.

O fato é que na primeira psicóloga que fomos ela não tinha o preparo necessário para trabalhar com transtornos de desenvolvimento infantil e já na terceira sessão sugeriu uma consulta com um neuropediatra. Na opinião dela era necessário o uso de medicamentos contra os comportamentos “opositores”.

Os critérios para diagnosticar TDO de acordo com DSM-5 incluem:

  • Um padrão de humor raivoso ou irritável, comportamento argumentativo ou desafiador ou vingança por um período de pelo menos 6 meses, expresso por meio da interação com um indivíduo que não é irmão.
  • O comportamento causa perturbações significativas no funcionamento social, educacional, ocupacional ou doméstico.
  • O comportamento não é causado por um problema de saúde mental diferente, como transtorno de déficit de atenção e hiperatividade.
  • desafia regras e instruções;
  • discute com adultos frequentemente;
  • incomoda os outros deliberadamente;
  • culpa terceiros pelos seus erros;
  • Ter baixa autoestima;
  • Tem um baixo tolerância para frustração

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Seguindo a orientação da psicóloga fomos para a neuropediatra e logo de cara ela descartou o TOD. Na consulta ela me explicou que nosso filho só apresentava os comportamentos desafiadores em situações muito específicas que não tinham a ver com desafiar a nossa autoridade. Outro ponto importante levantado foi que ele não tinha comportamentos desafiadores contra outras pessoas como professores ou pessoas que cuidavam dele.

O TOD pode ter graus diferentes que são:

  • Leve : os sintomas são expressos em contextos específicos, como na escola ou em casa.
  • Moderado : os sintomas são expressos em pelo menos dois contextos.
  • Grave : os sintomas são expressos em três ou mais contextos.

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O tratamento do transtorno opositor desafiador é algo muito individual. Cada paciente vai ter uma indicação específica para as suas demandas. Os profissionais envolvidos neste tratamento são médicos como neuropediatra ou psiquiatra e a indicação de intervenção com terapias com psicólogos são fundamentais para o bom desenvolvimento da criança ou adolescente. É fundamental lembrar que se não tratado o TOD pode levar esse paciente a uma pré-disposição no envolvimento com drogas ou alcoolismo e atos de vandalismo. Por isso é tão importante estar atento aos sinais e fazer o tratamento adequado.

E tenha paciência e saiba que o que seu filho precisa é do seu apoio e dos profissionais especializados no assunto.

Referências Bibliográficas:

https://www.medicalnewstoday.com/

Atrasos na Fala e o Impacto na Vida da Criança

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