Receber o diagnóstico de autismo de um filho não é algo fácil. Muitos pais passam por um período de negação até encontrar a aceitação.
Esse tempo para “digerir” que o filho está dentro do TEA – transtorno do espectro autista, depende muito de cada mãe ou pai. Mas na grande maioria dos casos os pais, depois do primeiro baque, chegam no entendimento e na aceitação. Entendem que é preciso arregaçar as mangas e começar a trabalhar pelo desenvolvimento dos filhos.
Quanto mais precoce forem as intervenções, melhor será o desenvolvimento da criança. Então, tempo realmente é algo precioso.
Para muitos pais saber que um filho é autista é também um grande alívio. É como se um peso enorme fosse tirado dos ombros deles. O filho não é uma criança difícil, não é mal educado, a criança birrenta e cheia de manias. Ele é apenas uma criança atípica!
E no meio da luta dos pais para dar as melhores condições de vida para seus filhos, o mundo que não está habituado a entender que autismo não tem cara, que as pessoas com deficiência nem sempre aparentam ela no corpo, insistem em não aceitar a condição da criança.
É muito comum os pais contarem sofre o autismo do filho e ouvirem as seguintes frases:
– Mas ele não tem nada, é coisa da sua cabeça!
Pare de rotular a criança!-
Ele é normal, fala, brinca, conversa…
– Você fica exagerando…
– Ele não tem autismo coisa nenhuma.
E essas frases não são ditas como alguém que quer dizer “nossa, nunca percebi” de forma amigável. Essas palavras saem em tom agressivo, de julgamento e muitas vezes traduzem a não aceitação de quem não conhece o autismo de fato.
Temos vários níveis do autismo, do mais leve ao mais severo. E todos precisam sim de intervenções e tratamento adequado.
As pessoas com autismo leve que geralmente o mundo diz que não tem nada, sofrem muito com depressão e possuem altos níveis de suicídio. O que parece leve, na prática é pesado.
Quando o mundo aceita que essa pessoa é atípica, ela se sente acolhida. Percebe que não precisa se moldar e ser algo que vai totalmente contra sua natureza.
Também compreendo que a grande maioria das pessoas que não aceita o autismo de um neto, um sobrinho, uma criança querida só está no começo do caminho para a compreensão. Está desinformado sobre o que é o TEA.
E para quem não aceita o autismo de uma criança, recomendo que antes de julgar os pais ou criticar, vá conversar com um especialista. Leia e estudo sobre o assunto. Só com informação podemos ter a capacidade de entendimento.
E para os pais que ouvem isso, respirem fundo e sigam o mais importante: o caminho ao lado de seus amados filhos!
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