Gritar Com os Filhos é Apenas a Ponta do Iceberg Materno!

Mães por vezes acabam gritando com seus filhos.  Elas não querem gritar, mas quando percebem já é tarde: o grito já saiu e a culpa já tomou conta delas.

Recentemente fiz várias enquetes em minhas redes sociais sobre o que nos leva a gritar com nossos filhos. Porque perdemos tanto o controle com nossos amados filhos. Entender o porque chegamos ao grito é fundamental para que a gente não se choque completamente com um iceberg de emoções.

Imagine que o grito é a consequência de algo que o mundo não vê. O grito é o que aparece. O mundo vê a reação explosiva da mãe e não consegue entender como uma mulher que queria tanto ser mãe, que diz amar tanto seus filhos e que parecia tão preparada para esse papel social, de repente estoura e grita com quem não deveria gritar.

Pois bem, escondido atrás do grito estão diversos fatores:

A sobrecarga feminina é a principal delas. Mulheres geralmente trabalham fora e muito em casa. Mulheres que trabalham apenas em casa, trabalham o dia todo nas tarefas domésticas que nunca tem fim, sem remuneração alguma e por vezes nenhum reconhecimento.

Nossa sociedade coloca nos ombros das mulheres praticamente todas as preocupações da maternidade. Muitas preocupações que deveriam ser de ambos os genitores, sobra apenas para a figura da mãe. Você dificilmente vai ver um pai marcando uma consulta médica para o filho, lembrando da data da vacina, ligando para a professora para saber sobre o rendimento escolar do filho, comprando roupas novas para as crianças, preocupado com a festinha de aniversário da crianças. (claro que existem exceções)

depressão pós parto

O fato é que além de um acumulo de tarefas físicas temos também as emocionais. Estamos sempre pilhadas, sempre tendo que pensar ou fazer algo. Sobra pouco tempo para essa mãe cuidar dela mesma. Falta um tempo de qualidade com nossos filhos.

Essa combinação de estresse diário que muitas vezes vem junto com falta de empatia ou apoio, acaba levando um número imenso de mães a quadros de depressão e de exaustão física e mental extremas.

Mães exaustas vão perder o controle muito mais.

Mães depressivas que não tem um acompanhamento adequado e não encontram com quem desabafar, vão se sentir muito mais fragilizadas e isso pode ser o estopim para a falta de paciência com os filhos.

Claro que por vezes as crianças nos tiram do sério. Mas se cada vez que nossos filhos, ainda crianças ou adolescentes, sem maturidade, tirarem nosso equilíbrio é sinal de que não estamos sendo capazes de educar sem perder o nosso autocontrole.

Como podemos manter a sanidade e não perder a paciência com nossos filhos?

Podemos fazer isso cuidando de nós. Não extrapolando nossos limites físicos e mentais. É importante dizer não para o excesso de coisas e para o que não agrega.

É necessário estar tranquila para poder ser a mãe que no fundo queremos ser.

Não Faça Para o Filho dos Outros o Que Você Não Quer Que Façam Para o Seu!

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