Daqui a pouco é dia dos namorados. E não se engane achando que só tem namorado quem está na fase ainda do namoro. Mães e pais também continuam sendo namorados depois que os filhos chegam.
Outro dia eu assisti uma peça teatral em que a atriz dizia em uma de suas falas “éramos eternos namorados até o dia em que os filhos chegaram”.
No decorrer do espetáculo, em meio a gargalhadas do público, que com certeza se via nas palavras ditas em cena, a personagem relatava como a vida havia deixado de ser uma mar de rosas para se tornar uma eterna preocupação. Como os casais depois que passavam para o patamar de MÃE E PAI, esqueciam de olhar um para o outro com os olhares ternos e ficavam tão cansados da rotina sem fim de cuidados com os pequenos, que nem sentiam mais vontade de ter um tempo como namorados.
E sim, a chegada dos queridos filhos, acaba gerando um turbilhão de mudanças na vida da gente. Se o casal não possui uma rede de apoio com quem possa contar de vez em quando, essa mudança pode ser um grande tsunami.
Crianças precisam da gente num grau de intensidade jamais imaginado. Elas necessitam dos nossos cuidados, atenção, tempo… assim como os casais novinhos, que respiram e ar do ser apaixonado quase que em tempo integral.
E os filhos nos querem em tempo integral. E nós, que nunca sentimos tal amor antes, nos doamos de corpo e alma às figuras, frutos do nosso amor de namorados.
E quem gerou os pequenos juntos, começa a ficar mais tempo em função das crianças e menos tempo no papel de namorados. E muitas vezes quando terminam as atividades referentes aos filhos, já é tão tarde ou o dia foi tão puxado que a única coisa que o casal quer é deitar e dormir. Vai que um dos filhos resolve acordar durante o meio da noite?
E nessa rotina normal de um casal com filhos, é preciso que um botão de alerta seja acionado quando o olhar para o outro não estiver mais ativo.
Não se poderá ter o namorado de antes dos filhos. Mas é preciso reconhecer o grande companheiro(a) que agora divide essa jornada tão cheia de tarefas do dia a dia.
É preciso entender que o tempo a sós é mais reduzido e começar a aproveitar o momento em família da melhor forma possível. É fundamental que os dois respeitem o tempo livre um do outro para que consigam enfrentar de maneira mais leve a criação dos filhos.
Estar atenta ao namorado que é também o pai dos nossos filhos, é respeitar os limites de cada um, dividir as tarefas, não jogar a responsabilidade para o outro.
É preciso que nosso olhar de carinho, paciência e amor esteja voltado também para aquele ou aquela que amamos… mas que por conta de uma vida tão cheia de novos afazeres, acabamos esquecendo de como somos fundamentais um para o outro.
Quando um casal divide suas funções e respeita o outro, eles tem mais tempo para serem também namorados.
Continuar tendo o clima de namoro, mesmo depois dos filhos, faz bem para os dois e para a família. Estar com alguém que te respeita e te entende tão bem faz com que a vida seja mais feliz e pai e mãe não sejam apenas as figuras encenadas na peça.
Você pode precisar reinventar a forma de se conectar com o outro, mas não pode deixar de querer estar com o outro.
Veja o que muda na forma de namorar depois da chegada dos filhos, no texto abaixo:
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