Descobrir o que você tem um filho com autismo não é fácil. Desde o momento em que começamos a busca pelo diagnóstico do autismo do nosso filho demos início a uma rotina louca e bem cansativa.
Quem tem um filho com autismo ou com algum tipo de necessidade especial ou que possui um familiar adoentado e que requer um tratamento contínuo, sabe que isso gera um grande esgotamento em todas as pessoas envolvidas com o paciente.
Cuidar de uma criança com autismo não é algo fácil. Exige horas de dedicação em virtude de terapias. E aqui a gente inclui o tempo de preparação para ir para o local da terapia. Isso quer dizer que muitas vezes a criança não vai aceitar ir. Vai ser uma batalha para conseguir tirar a criança de casa. Depois o tempo de deslocamento que vai requerer paciência se a criança estiver estressada ou cansada. Você fica o tempo na terapia e depois corre para outra… ou para casa… ou para a escola…
Tomar conta de uma criança autista vai além das horas de terapia. Tem os momentos de estimulação em casa. Não resolve ir no terapeuta e achar que só aquele momento da consulta vai ser suficiente. É preciso estímulo constante.
E nisso, você enfrenta as crises para comer, de ansiedade, de raiva, de sono.
Você começa a entender que é preciso ter muita paciência com todo o contexto. E precisa se controlar para entender que sua vida também tem outras facetas.
Você tem um filho com autismo e também tem uma família!
Você provavelmente tem outros filhos. Tem marido, trabalho. E também existe você. É preciso lembrar que quem possui um autista na família precisa também de cuidados e muitas vezes de tratamento para saber lidar com todas as questões que o autismo traz.
É necessário achar o equilíbrio para não chegar a exaustão e enlouquecer com ela. Muitos pais acabam se dedicando muito ao filho com necessidades especiais e por vezes o outro filho típico fica de lado. Lembro da primeira consulta com a neuropediatra em que ela me disse “Você precisa cuidar também da sua outra filha… se não daqui a pouco ela também vai precisar de tratamento psicológico”.
O mais comum é ver mães que estão no seu limite nas salas de espera das terapias dos filhos. Estão cansadas e já não sabem como ter tempo para olhar para si mesmas.
Quem cuida também precisa de cuidados. O olhar amplo sobre o autismo precisa entender que para que o autista se desenvolva da melhor forma possível, aqueles que estão ao seu redor precisam estar bem em todos os sentidos. O cuidado precisa ser estendido para a família do autista.
A família é a base para um quadro de evolução mais saudável do autista e para isso precisa estar saudável!
A Mãe que cuida do filho doente também precisa de cuidados!
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