Raquel entrou no ensino fundamental. Eu vou contar para vocês que não estava preparada para tantas mudanças na vida da pequena.
Hoje, uma criança vai para o primeiro ano do ensino fundamental com 5 ou 6 anos de idade. Vamos falar a verdade que é super cedo. E as crianças que até então estavam acostumadas com uma rotina mais voltada para as brincadeiras e sem muitas responsabilidades acabam levando um certo choque de realidade.
Elas vão começar a ter contato com diversas matérias. Vão começar a ter horários mais divididos e muito mais lição de casa.
No nosso caso, Raquel mudou de escola. Então, a primeira adaptação já foi com relação ao ambiente e a socialização com novos amigos e professores. E neste quesito ela tem se saído super bem.
Aliás, ela tem tirado de letra matérias como artes, inglês, matemática, ciências… mas vem apresentando bastante dificuldade com a parte da alfabetização.
Aprender a ler não está sendo das coisas mais fáceis para ela. Percebo que ela se mostra muito insegura e dispersa na hora em que vamos fazer as atividades relacionadas a ficha de leitura. Ela começa a ficar nervosa e respirar mais ofegante. Perde o foco e parece estar meio aérea.
Em vários momentos noto que ela está “chutando” e não observando o que estamos fazendo.
Isso me deixou um pouco preocupada. Tivemos uma conversa com a professora e a pedagoga da escola e elas nos deram muitas dicas de como conduzir este momento. Um dos pontos levantados pela professora de Raquel, é que nota que ela tem medo de falar. Insegurança de ler algo e não acertar.
Também conversei com meu psicólogo que acenou o fato de Raquel estar “assustada”, visto que parte dos colegas de sala já sabem ler. Recomendou algumas técnicas com jogos pedagógicos, como por exemplo, usar letras de EVA e sem que a criança veja qual é a letra, apenas com o uso das mãos, ela descubra qual é a letra.
Mudança de Atitudes e Novas Experiências
– A primeira atitude que tomei foi mudar o horário de ensinar a parte da leitura para a pequena. Tenho evitado fazer as tarefas escolares no horário depois da escola. Noto que ela se demonstra muito mais cansada do que no horário da manhã.
– Reforço sempre com Raquel o som das sílabas. Por exemplo se a letra trabalhada é o F, repito com ela algumas vezes o FA FE FI FO FU.
– Tenho pedido para ela achar certas palavras no meio da história que estamos lendo, fazendo com que ela tenha mais interesse em encontrar o que peço.
– Comprei também um jogo super bacana que vem com as letras do alfabeto e algumas figuras. Cada figura tem a forma como é escrita no verso. Assim, ela procura as letras e vai formando a palavra.
– Notei também que só ler a ficha de leitura não estava prendendo a atenção da Raquel. Então agora, eu peço que ela escreva tal palavra da ficha. Ela acha a palavrinha e copia. No dia que usei essa técnica de copiar e escrever a palavra, ela chegou em casa super radiante: “mãe, eu consegui ler todas as palavras na escola”.
E claro que nenhuma das técnicas que venho desenvolvendo com a pequena tem efeito sem o essencial: muita paciência e incentivo!
Super importante não perder a calma com eles neste momento que é sim difícil para eles assimilarem. E nunca se canse de elogiar o desempenho deles. Palavrinhas como “Isso aí Filha”, “Muito bem”, “Você vai conseguir”, “Parabéns” com certeza vão ajudar seu filho a enfrentar essa fase que muitas vezes parece tão complicada.
Aqui, ainda estamos na letra J. Vamos ver o processo no decorrer dos próximos meses.
Se você tem alguma dica bacana sobre alfabetização dos pequenos, me conte! Fico super grata de coração!
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