A Kely foi viajar para o lançamento da Liga Materna no Rio de Janeiro e eu fiquei sozinho com as crianças. Foi um final de semana de muitas descobertas e aventuras!
Aqui em casa temos a política de que pai e mãe exercem as mesmas funções com relação aos filhos! Eu não sou um adorno ou uma peça decorativa na vida dos meus filhos. Sempre fiz as mesmas tarefas que a Kely. Não é por eu ser homem que vou deixar de trocar uma fralda, dar banho nas crianças, fazer almoço, levar para a escola, ir nas reuniões escolares e todo o resto que diz respeito a educação, criação e bem estar dos meus filhos.
Mesmo dividindo as tarefas, sempre tem alguma coisa que as crianças preferem a mamãe ou o papai. E o grande desafio de ficar sozinho com meus dois filhos é justamente fazer com que elas não sintam tanta saudade da mamãe.
Por exemplo, eles adoram ir na feirinha toda quarta feira comigo e preferem a mamãe para levar ao teatro. Eles gostam de brincar de esconde esconde comigo e preferem brincar de fazer show com a mamãe. E sim, eles preferem que a mamãe faça eles dormirem! E foi justamente a hora de dormir que me deixou mais receoso. Será que vai ser aquela choradeira? Será que Samuel vai querer segurar o cabelo da mãe e Raquel a mão para ter maior segurança na hora de dormir?
Raquel chorou bastante e resolvi dar uma roupa da mãe para ela sentir um cheirinho da Kely e ficar mais calma. E não é que funcionou? Ela foi se acalmando e dormiu vestida com uma camiseta da mãe. Samuel pediu o cabelo e em dois minutos puxando o meu cabelo adormeceu.
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Passar o dia todo sozinho com duas crianças me fez ver como é importante a gente realmente dividir as tarefas. Cuidar de tudo sozinho cansa! Quem tem filhos pequenos sabe, as tarefas nunca acabam. É uma função atrás da outra. São idades diferentes com necessidades diferentes!
Raquel não gosta de comer isso. Samuel não pode comer aquilo. E lá fui eu, cozinhar! Fiz sopa que agrada aos dois. Resolvi fazer uns ovos. E eu devia estar tão atordoado com as tarefas que acabei jogando o palito de fósforos dentro da caixa de ovos de papel e a guardei na geladeira. Horas depois Raquel sente um cheiro de fumaça saindo da geladeira e me chama. Adivinhem? A caixa de ovos estava pegando fogo e já tinha queimado uma das prateleiras da geladeira. Foi uma correria para apagar o fogo, manter as crianças longe e limpar toda a bagunça.
Estar sozinho com duas crianças pequenas não é mole não! Fico pensando como deve ser a vida de tantas mulheres que são mães solteiras e não contam om a mínima ajuda dos pais das crianças. Fico me colocando no lugar das mães que tem o marido ao lado, mas que os mesmos não fazem nenhuma tarefa da casa ou relacionadas aos filhos.
Fico pensando que mesmo dividindo tarefas com a minha esposa, ela faz um monte de coisas que eu nem imaginava. Por exemplo: ficar combinando a roupa certa das crianças. Ter na cabeça o horário certo de cada medicamento, saber exatamente onde ficam os laços de cabelo e Deus do Céu, saber arrumar os cabelos de uma menina toda vaidosa. (nessa parte dos cabelos, a minha irmã estava por aqui e me ajudou)
Passar um final de semana sozinho com meus filhos serviu para eu perceber o quanto cada um de nós: Mãe e Pai é fundamental dentro da ordem da família. Aprendi a conhecer melhor meus filhos e a vida da minha esposa quando ela fica sozinha com as crianças.
Ser pai é estar presente sempre, é dividir tarefas e ser capaz de entender que os filhos precisam de você tanto quanto precisam da figura da mãe!
Escrito por Jardel Tomaschitz – Truques de Pai
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