Enquanto cerca de 75 % das crianças sabem sobre este jogo, apenas 25% dos pais tem conhecimento disso.
Por Hollee Actman Becker
Pais: o jogo de asfixia está voltando. Você sabe, aquele em que as crianças desmaiam por ficar respirando rapidamente e pesadamente por cerca de 45 segundos e depois mandam um amigo pressionar o peito para que percam a consciência? Também é chamado às vezes de “jogo de passagem”. Você pode ou não ter jogado com seus próprios amigos quando você estava no fundamental 2 ou ensino médio.
Eu sei pois eu fiz. Nós costumávamos fazê-lo fora do playground em uma tentativa de atingir a alta euforia que supostamente vem depois de recuperar a consciência. Agora, existem vídeos no Snapchat e no YouTube com crianças caindo no chão – algumas até com convulsões – depois de desmaiar.
Pode parecer apenas um jogo da criançada na mídia social, onde as crianças estão animadamente incentivando uns aos outros. Mas não se engane – o jogo pode se transformar em mortal, e agora está virando notícia depois que um garoto de 11 anos na Carolina do Sul morreu enquanto brincava.
“Meu nome é Garrett Pope”, escreveu o pai do menino em um post sincero no Facebook. “Eu sou o pai do garoto de 11 anos, Garrett Jr., que faleceu tragicamente na quarta-feira passada…e minha família gostaria de compartilhar algumas palavras de cautela.O escritório de Lancaster County Coroners determinou que esta era uma morte acidental causada por ele jogando algo chamado o jogo de asfixia. É onde as crianças pressionam suas passagens de ar apenas o suficiente para obter uma sensação de euforia. Eu estou incluindo um link aqui para mais informações: https://en.wikipedia.org/wiki/Choking_game.”
Pope passou a explicar que ele não tinha ideia de que seu filho estava jogando o jogo, ou onde ele tinha aprendido. Agora ele está tentando espalhar a notícia para mostrar aos outros pais e educadores que ainda não tem esse conhecimento.
“Minha família nunca sentiu uma dor como esta antes, e não queremos que mais ninguém passe o que estamos passando”, escreveu ele. “Por favor, falem sobre isso com seus filhos e façam tudo o que puder para evitar uma tragédia semelhante, ele era tão jovem e impressionante, não sabia o que estava fazendo e cometeu um erro terrível. Sentimos muito sua falta”.
Tão triste. E ainda assim um ato de coragem durante um momento traumático.
Judy Rogg também perdeu seu filho Erik para o jogo em 2009, quando ele estava na 6 ª série. Ela mais tarde fundou a Erik’s Cause, uma organização que trabalha para impedir a prática educando os alunos e os pais sobre os riscos.
“As gerações anteriores tem visto esse ressurgimento recente como resultado do YouTube, tornando a Internet um playground online”, explica Rogg em seu site. “As crianças aprendem esta atividade mortal por outras crianças em todo o mundo e acreditam que é inofensivo.”
Rogg diz que o jogo é tão popular porque os adolescentes estão num momento de curiosidade e exploração. E enquanto é ensinado a maioria dos estudantes sobre os riscos de drogas e álcool, os riscos do jogo de asfixia podem passar despercebidos. “A popularidade do jogo pode se resumir a um simples fato”, explica ela. “Crianças e adolescentes acreditam que é seguro porque não têm consciência de seus perigos.”
Enquanto isso, Rogg diz que as fatalidades do jogo de asfixia parecem estar crescendo, e as estatísticas indicam que aproximadamente 75% de todas as crianças já ouviram falar ou participaram dessa atividade, enquanto apenas 25% dos adultos estão cientes de que ele existe.
Então o que nós podemos fazer? Para começar, podemos nos familiarizar com o jogo, exortar nossas escolas a incorporar o currículo de prevenção de riscos, conversar com nossos filhos sobre os riscos do jogo e, em seguida, sentar-se com eles para assistir ao emocionante vídeo “Help Stop the Choking Game” da Erik’s Cause.
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