Meus Filhos São Meus Grandes Professores

 

Sou mãe de Raquel e de Samuel. Minhas gestações foram consideradas de alto risco por conta de uma trombose que tive anos atrás. Por esta razão, precisei tomar injeções diárias aplicadas na barriga. Costumo dizer que desde quando eram apenas do tamanho de uma sementinha, meus dois filhos já me ensinaram a ser uma grande guerreira.

Por eles eu enfrentei a dor! Em alguns momentos a barriga ficou roxa, cheia de hematomas e o que me motivava era saber que todo esse sacrifício estava sendo feito em prol da saúde dos meus bebês. Meus filhos vieram ao mundo para me ensinar que tudo é possível nesta vida!

Eu tenho certeza que os filhos são nossos grandes alicerces. São aqueles que se tornam nossos grandes mestres. Muitas vezes fico pasma com a quantidade de coisas que meus dois pequenos são capazes de me ensinar sem nunca terem estudado nada.

Uma das lições mais belas que eles me ensinam diariamente é que para se viver feliz não é preciso muita coisa. Os beijos babados que recebo do Samuel, os abraços apertados da Raquel e as lindas gargalhadas nos momentos em que paro para brincar com eles, são algo que alimentam minha alma diariamente.

Sim, eu reaprendi a brincar com meus filhos. Engraçado como a gente esquece e passa a achar o ato de se divertir banal. Mas as crianças em suas atitudes naturais me pegam pela mão e me dizem com toda convicção “Você é minha filhinha mamãe” ou “Vamos fazer um show e você é quem bate palma”. E eu me permito e viro uma criança de 4 anos e falo “Gugu – dadá” como um bebezinho que ainda não fala ou simplesmente peço um bis para o show que Raquel e Samuel apresentaram para mim.

Outra coisa que eles vivem me lembrando é de que nossa rotina atribulada muitas vezes não tem graça. Que é preciso parar e dar as mãos para os pequenos e cantar roda cotia. O que acho mais divertido nessa brincadeira, é quando eu tento enganar eles para não precisar cair, mas não tem jeito, eles só se dão por satisfeitos quando a mamãe aqui está ao lado deles, vendo a vida sentada no chão, como uma criança.

Raquel adora a “natuleza” e faz questão que eu observe tudo junto com ela. Eu passei a conhecer todos os pássaros da nossa rua, os cachorros, gatos, formigas e até as joaninhas. Vivo ganhando flores que ela vai catando pelo caminho. E isso me faz lembrar do meu tempo bom de infância.

Uma das coisas mais fundamentais que a vida de mãe me mostrou através dos meus queridos filhos, é que nenhuma criança é como a outra. Mãe aprende rápido que um filho só parece com o outro, mas tem personalidades bem diferentes. Essas diferenças me enriquecem ainda mais. Raquel é agitada, ligada na tomada o dia todo, comilona e bem falante. Já o pequeno é calmo, observador, adora dormir e ficar grudado nas minhas pernas. Isso me dá a oportunidade de ter dois professores de matérias diferentes dentro da minha casa.

Sim, meus filhos são doutores na arte de ensinar. Eles me modificam com sutilezas desde o momento que estavam na minha barriga.

Eu dou muito mais valor ao tempo de brincar que posso ter com meus filhos. É o meu melhor investimento. Parece piegas, mas estes momentos de brincadeiras são as únicas coisas que tenho certeza que vão fazer a diferença na vida deles no futuro.

Eu me permito correr pela casa, entrar embaixo da mesa, pular em cima da cama, fingir que virei estátua (só para poder descansar uns minutinhos), tomar sorvete, fazer bolo de chocolate. Minha vida de mãe é feliz por eu embarcar na onda dos meus filhos e acreditar em histórias encantadas contadas por dois professores mirins. Afinal, a minha vivência de mãe já me provou que a vida real também é feita de muitos finais felizes!

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