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Uma Mãe Precisa Falar e Ser Compreendida!

Mãe, você não está só!

Muitas vezes na minha vida materna eu desabafei e com pessoas queridas e fui surpreendida com críticas ferozes a respeito da forma como eu conduzia a educação dos meus filhos. Por este motivo, muitas mães acabam deixando de conversar com quem está próxima. E aí entram os grupos de mães formados a partir das redes sociais.

A internet tem sido grande aliada de inúmeras mães que passam por períodos de solidão após o nascimento de seus pequenos. Outro dia escrevi sobre a solidão materna. Passei muitos dias sofrendo com ela. Me sentindo abandonada pela sociedade. Depois que lancei o texto, percebi que não sou a única que passa pelo estado de solidão, são centenas de mulheres que vivem a mesma situação.

Há dias atrás eu realmente me sentia muito deslocada, pensando que apenas eu não era tão bem quista. Não sou. Percebi através dos comentários das leitoras, mães como eu, que muitas sofrem do mesmo mal.

Mas o que era diferente de nós para o tempo das nossas mães? Será que quando elas se tornaram mães, também sofriam do mesmo que nós?

Sempre que converso com tias, mães um pouco mais velhas, ouço geralmente a mesma resposta. Sempre foram ajudadas pelas irmãs, tias, mães, vizinhas, amigas. Dificilmente você escute um relato de uma dessas mães dizendo que fazia tudo sozinha. Elas eram mais amparadas. Existia um laço entre vizinhos muito maior do que vemos hoje, coisa que talvez nem seja mais encontrado nas grandes cidades. As mulheres trabalhavam menos fora de casa. Havia tempo para visitar as amigas e tomar um café da tarde. Mães como as nossas, geralmente compartilhavam seus momentos com outras mães reais, próximas a elas.

E nós, com quem compartilhamos?

Com o marido. Se você tiver um, sim. Com sua família? Nas cidades menores é mais fácil de existir esses laços ainda. Na verdade sei que existem. Tenho alguns exemplos de primas que tiveram filhos ao mesmo tempo que eu e contam com o apoio de uma rede de mulheres com quem dividem suas experiências da maternidade.

Mas e quem mora em grandes centros ou mesmo numa cidade menor, não tem um ombro próximo para deitar e desabafar? Como fazem?

Dividem através da internet. Vários grupos sobre maternidade ou qualquer assunto que interesse pode ser facilmente encontrado nas redes sociais. Claro que nestas formas de relação o ato de compartilhar experiências atinge uma proporção diferente de quando uma amiga vem lhe visitar. Os grupos estão lotados de milhares de mães que diariamente trocam experiências sobre suas rotinas, frustrações, medos, alegrias e anseios. Esse contato não substitui o contato de uma pessoa próxima, mas coloca a figura da mãe em um patamar real, em que ela pode ver que todas passam também pelos mesmos anseios que ela.

Leia Caros Parentes Não Ignorem as Crianças da Família

Comentários

Kely Varela

Kely Varela, 33 anos, atriz, mora em Curitiba e há quatro anos descobriu a benção da maternidade. Hoje é mãe de um casalzinho e deseja compartilhar suas experiências com as demais mamães.

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