Autismo em Adultos: Estima-se que mais 120 milhões de pessoas em todo o mundo estão vivendo com o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Já foram realizados estudos em países deselvolvidos que cerca de 1 a cada 59 nascimentos é de pessoa com autismo.
De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, esse número representa mais de 1% da população global. No entanto no Brasil, como não há um levantamento oficial, a estimativa é que esse número chegue a mais de 2 milhões de pessoas com TEA.
Hoje em dias os diagnósticos de autismo estão mais avançados. Desta forma é mais fácil diagnosticar crianças pequenas, até mesmo antes dos quatro anos. Certamente por isso está acontecendo uma grande explosão de novos autistas no Brasil. Quem nunca ouviu aquela frase preconceituosa: “hoje em dia parece que todo mundo tem autismo”. Preconceitos a parte, quanto mais cedo existir o diagnóstico, mais cedo pode acontecer o tratamento. E acreditem em mim, fazem diferença.
Voltando no tempo uma ou duas gerações atrás, pessoas que hoje são adultos dificilmente tiveram o privilégio de serem diagnosticadas precocemente. Nós sofremos a vida toda sem saber exatamente porque não nos encaixávamos no mundo. Eu digo nós, porque também fui diagnosticado depois de adulto. Mas isto é assunto para outro post. Caso queira saber mais, escreva nos comentários, que priorizo o post. Mas agora vamos para o foto deste artigo.
Acho complicado saber o que os outros estão pensando ou sentindo. Sempre foi difícil fazer amigos, justamente por causa desta característica. Desde muito novo preferi os livros as pessoas. E não quer dizer que não gosto de pessoas. Apenas não tenho a necessidade de ver os poucos amigos tanto quanto as pessoas típicas têm.
Clássico do Autismo. Como um robô, muitas vezes temos necessidade de fazer as coisas do novo jeito. Enfim e repetindo um padrão que na nossa cabeça é bacana.
Se o assunto não for relacionado ao nosso hipoerfoco, geralmente não temos interesse. As vezes tenho inveja das pessoas típicas que conversam sobre qualquer coisa. Eu geralmente falo de coisas nerds, música, filmes, livros, astronomia, tecnologia. Coisas que gosto e sempre me informo. Agora, se o assunto na roda de conversa for flores, realmente, não sei o que falar, minha mente vai longe e não presto atenção na conversa.
Sim, tenho poucos amigos. Menos que a média. Mas são bons.
Desde novo não gosto de olhar nos olhos das pessoas. Certamente já tinha reparado nesta característica antes mesmo do diagnóstico de TEA. Me incomoda, não sei o motivo.
Autistas são geralmente aquele cara quieto, no canto. Como as emoções são difíceis de expressar, melhor ficar isolado, para não rir ou chorar em momentos errados. Na série Big Bang Theory, o personagem Sheldon demonstra isso várias vezes. Além disso quando seu melhor amigo disse que iria sair de casa, ele ao invés de ficar triste, saiu pelos estados unidos passeando de trem, e ao final quase virando um mendigo.
Sim, como disse anteriormente, o hiperfoco é algo que nos interessamos e só queremos falar e estudar sobre isto. O hiperfoco pode ser em mais de um assunto e variar com o tempo. As vezes gosto de estudar musica, depois quero ler sobre história, depois só quero saber das estrelas. Semanas depois sou o cara da tecnologia. E por fim volto a música. Repito isso para sempre.
Complementando o tema anterior, se a gente só se interessa por um assunto, só conversamos sobre ele. Tento me policiar as vezes, mas não é natural.
Sim, barulhos irritam mais do que aos outros. Trabalho em um ambiente com muitas pessoas, então há conversas o tempo todo. Fora o barulho do ar condicionado. Sei que é ruim reclamar do trabalho hoje em dia, mas é só para explicar que a hipersensibilidade existe. Há, e tem muitos alimentos que não como até hoje, devido ao cheiro. Pepino e rabanete, por exemplo. Mas gosto de cebola. Vá entender!
Sim. Gosto de jogar tênis. Mas o problema é que precisa de duas pessoas para o jogo. Pena!
Para os casados, sabe aquela dificuldade de saber porque a esposa está brava? Imagine isso vezes mil. Autismo em Adultos podem ser verificados certamente com este item. É uma das nossas maiores dificuldades.
Estes dias estava fazendo um curso para interpretar expressões faciais. E ai, você que é típico, já pensou em fazer isso? Não né, você não precisa. Eu sim! Ah, claro que já li livros sobre linguagem corporal também.
Sim, para crianças e autistas a rotina é importante.
Este último item é um pouco mais complexo de explicar. Vou tentar dar uns exemplos: Nunca gostava de ganhar prêmios na escola, justamente para não ser citado pelos professores. E muito menos ganhar aplausos. Como resultado já errei questões de propósito na prova para não tirar 10 e não ser lisonjeado. Sempre gostei de ser invisível e se super poderes existissem de verdade, nunca iria escolher super força ou habilidades ninjas. Eu escolheria o poder de ser invisível.
Outro exemplo, não gosto de ir a lugares pela primeira vez, meu coração parece que vai sair pela boca. Hoje graças a tecnologia, podemos usar o google maps e dar uma amenizada nisso. Acima de tudo ler as avaliações dos frequentadores do local, para entender melhor o funcionamento do mesmo.
Não gosto de aniversários, lugares com muita gente, me irrita profundamente.
É importante ressaltar que os sintomas acima não são um padrão, eles podem variar de pessoa para pessoa. Estou contanto o que aconteceu comigo e alguns casos de pesquisas que fiz sobre o assunto. E ai, você se identificou com quantos dos 14 itens? Certamente se forem mais que 10, recomendo procurar um médico para realizar uma avaliação.
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