“Que Tiro foi Esse?” virou um grande hit nas paradas musicais nos últimos meses. A funkeira Toddynho entrou na cabeça de milhares de pessoas com sua música pra lá de polêmica.
Eu confesso para vocês que aqui em casa o tiro que me atingiu em cheio foi muito diferente daquele pregado na letra da cantora. Aqui diariamente sou atingida pelo tiro disparado pela surpreendente vida de mãe.
Próximo do dia das mães a gente se pega refletindo sobre nosso papel como mãe. Se vê chorando com as homenagens da escola, com os comerciais de margarina e amando receber cartões rabiscados com todo amor do mundo pelos nossos pequenos filhos.
A gente é atingida em cheio pelo tiro certeiro da maternidade. E não recebemos apenas tiros cheios de amor. Recebemos algumas balas de culpa, outras de arrependimento, de dúvidas, de exaustão, de quero o colo da minha mãe, de vontade de sair correndo levando os filhos com a gente, de verdades ditas que não aceitamos.
A munição que nos atinge depois que viramos mães nunca tem fim. Seja nosso filho um bebê ou um marmanjo. Sempre seremos mães.
E alguns disparos nos atingem com uma precisão e nos fazem perder literalmente os sentidos.
Outro dia eu estava assistindo um filme com minha pequena e no meio do nosso cineminha, eu acabei pegando meu celular para dar uma espiada. De imediato ela me disse toda brava “Poxa mãe, agora é o nosso cinema. Nada de celular. PROIBIDO CELULAR”. E essa foi uma bela lição de moral que uma menina de 6 anos me deu. Se você está com eles, esteja realmente com eles. Aproveite a oportunidade de curtir muito a companhia deles enquanto eles são crianças e amam estar ao seu lado.
Outra situação que me marcou foi no dia em que fui viajar para um seminário pelo blog. Eu sai de casa e os dois ficaram aos prantos. Meu marido relatou que os dois foram deitar chorando de mãos dadas. Raquel dizia para o irmão “não chora que a mamãe já vai voltar” enquanto as lágrimas escorriam de seus olhinhos.
Diariamente eles nos atingem com surpresas cheia de amor e desafiadoras. Percebi que minha filha andava muito agitada e gritava por qualquer motivo. Parei e comecei a analisar a situação e constatei que ela estava imitando o meu comportamento. Por questões de adultos, eu andava muito estressada e eles absorviam todo esse meu lado estressado.
A maternidade é realmente cheia de “Que tiro foi esse”? e cabe a nós como mães ir decifrando cada significado e situação para saber conduzir nossos pequenos para um bom caminho.
Os tiros disparados em um mãe não são capazes de nos aniquilar. Podem até derrubar, mas a gente levanta, sacode a poeira e segue adiante.
Seguimos pelos nossos pequenos e pela construção de um mundo melhor para eles!
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