Pré-Escola

O Primeiro Dia de Aula do Meu Filho (e Meu também)

Depois de um longo período de férias, chegou o grande dia: o primeiro dia de aula de Samuel!

Ele e Raquel vão estudar na mesma escola, mas como as turmas são diferentes, as aulas também tem início em datas distintas.

Samuel já vai para escola desde 1 ano e meio. Mas agora eles começam em uma escola nova. Tudo diferente. Escola muito maior. Turma maior. Professora nova e amigos novos também. Um monte de novidades vindas todas de uma vez só!

E hoje quando acordou e eu comuniquei que a escola começaria ele já começou a chorar e dizer “Escola nova não… só quero a mamãe”! E essa foi a fala da manhã inteira.

Dei o almoço e na hora de colocar o uniforme foi outra briga: “Não quero escola nova”! E para sair de casa pediu colo. E lá fui eu com ele no colo, as sacolas de materiais escolares nas mãos e Raquel como minha ajudante levando a mochila do irmão. A escola é mega pertinho de casa (um dos benefícios de trabalhar menos horas é poder levar eles caminhando para a escola e depois ir para o trabalho) e convenci ele a ir caminhando.

Eis que chegamos na escola e ele já começou a dar sinais de que iria travar! Foi tirando a mãozinha dele da minha e querendo fugir.

E então Raquel disse “A irmã está aqui Samuel. Vai ser bem legal essa escola”!

Chegamos na sala e vi que umas duas crianças choravam por lá. Uma era consolada pela professora e outra se agarrou na mãe e chorava.

Fui entrando com Samuel e Raquel já foi direto para a parte de brinquedos da sala. Ele começou a chorar. Conversei com ele. Peguei brinquedos e fui para um tapete colorido no canto da sala. Sentamos lá e ficamos brincando por alguns minutos. Ele parecia super bem. Fui me distanciando. Saí da sala e fiquei aguardando a Raquel. E quando ela veio, Samuel saiu em disparada de dentro da sala também.

Chorava um monte! As lágrimas escorriam. Grudou na minha perna. Uma senhora tentou pegar ele pelos braços e levar para a sala. Achei a atitude meio indelicada. Disse para ela “pode deixar que não estamos com pressa” e peguei ele no colo.

Gente, ele me abraçou tão forte. Com tanto medo. Me dizia “não me deixa aqui mamãe”!

Meu coração ficou apertado. Mas vamos lá, começamos o processo todo novamente. Fomos para o tapete. Raquel mais amorosa do que nunca me disse “mamãe, você sai primeiro e depois que ele se distrair eu saio” (tão esperta essa minha menina). E assim fizemos. Ele ficou brincando com Raquel.

Fui embora da sala e fiquei em um local da escola que ele não me visse. E fiquei esperando Raquel. Depois de meia hora ela veio “Nossa mãe, que difícil”! (queria encher de coraçõezinhos para expressar o quanto me orgulho dessa menina).

Fomos embora. E ninguém me ligou a tarde. Sinal de que ficou bem.

E no final do dia quando o Jardel foi buscar ele, voltou todo feliz. Quando cheguei em casa ele me disse “A escola é muito legal”.

E meu coração ouvindo ele contar que brincou e que nenhum amigo brigou ficou muito mais tranquilo.

E ter filhos é isso: o nosso coração aperta a cada novo ano. A cada novidade na vida deles é como se fosse na nossa. E não é apenas eles que vão se adaptando. Somos nós! Acho que principalmente nós!

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Kely Varela

Kely Varela, 33 anos, atriz, mora em Curitiba e há quatro anos descobriu a benção da maternidade. Hoje é mãe de um casalzinho e deseja compartilhar suas experiências com as demais mamães.

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