Aqui em casa sou atingida diariamente pelo tiro disparado pela surpreendente vida de mãe.
Próximo do dia das mães a gente se pega refletindo sobre nosso papel como mãe. Se vê chorando com as homenagens da escola, com os comerciais de margarina e amando receber cartões rabiscados com todo amor do mundo pelos nossos pequenos filhos.
A gente é atingida em cheio pelo tiro certeiro da maternidade. E não recebemos apenas tiros cheios de amor. Recebemos algumas balas de culpa, outras de arrependimento, de dúvidas, de exaustão, de quero o colo da minha mãe, de vontade de sair correndo levando os filhos com a gente, de verdades ditas que não aceitamos.
A munição que nos atinge depois que viramos mães nunca tem fim. Seja nosso filho um bebê ou um marmanjo. Sempre seremos mães.
E alguns disparos nos atingem com uma precisão e nos fazem perder literalmente os sentidos.
Outro dia eu estava assistindo um filme com minha pequena e no meio do nosso cineminha, eu acabei pegando meu celular para dar uma espiada. De imediato ela me disse toda brava “Poxa mãe, agora é o nosso cinema. Nada de celular. PROIBIDO CELULAR”. E essa foi uma bela lição de moral que uma menina de 6 anos me deu. Se você está com eles, esteja realmente com eles. Aproveite a oportunidade de curtir muito a companhia deles enquanto eles são crianças e amam estar ao seu lado.
Nós não sabemos como lidar com os aparelhos tecnológicos. São brinquedos muito novos que realmente desviam nossa atenção daquilo que é o mais importante na nossa vida.
Vivemos querendo espiar o WhatsApp, responder de imediato cada mensagem, ler e-mails que não são urgentes. Vivemos bisbilhotando a vida de conhecidos e achando que sao mais felizes que nós.
Eles não são mais felizes. Talvez seja eu ou você que esteja desperdiçando nossa felicidade em redes sociais ao invés de construir uma vida feliz ao lado dos nossos queridos filhos.
Nossas crianças entendem perfeitamente o que é prioridade na nossa vida. Elas sabem quando são preteridas em função de um aparelho celular.
A tecnologia realmente nos atingiu em cheio e não vai parar de avançar. É inclusive extremamente útil nas nossas vidas.
Mas precisamos ter consciência que nossos filhos precisam da nossa atenção e não dos nossos celulares.
Precisam ter contato e convívio com nossos abraços e não tocar em telas.
Nossas crianças precisam do nosso amor e que celular algum e capaz de dar.
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