Vou começar o texto com o seguinte “sim, precisamos insistir para que nossos filhos comam bem”, mas não devemos forçar uma criança a comer o que ela não gosta”.

Quantas vezes você já tentou fazer seu filho comer sem sucesso? Quantas vezes você saiu de casa para um almoço de família e ouviu familiares dizendo “faz ele comer de qualquer jeito”, “coloca goela abaixo”, “não fica criando uma criança cheia de frescura”.

Para muitas pessoas, o problema de uma criança não querer comer, não passa de manias ou falta de pulso firme dos pais. Alguns adultos são adeptos de “deixa a criança com fome” pelo tempo que for necessário para que ela possa comer. Outros acreditam que seguir um regime totalmente autoritário e forçar a criança a comer vai fazer com que ela coma tudo.

Pois bem, forçar uma criança a comer o que ela não quer ou não gosta, não é o caminho para uma alimentação saudável e equilibrada. É na verdade o caminho para muitos traumas.

A hora da alimentação é um momento de socialização. Precisa ser harmonioso e feliz.

Muitas crianças podem não estar comendo por não ver os pais comendo o que querem que os filhos comam. Muitas crianças podem estar comendo muita porcaria e isso não faz elas terem vontade de comer comida nutritiva.

Há poucos meses meu filho passou por uma avaliação com a terapeuta ocupacional e descobriu que ele tem transtornos de processamento sensorial. Muitas crianças podem ter transtorno de processamento sensorial e isso faz com que elas realmente não consigam sentar para comer. O cérebro delas não processa certos estímulos recebidos pelos sistemas sensoriais (olfato, audição, visão, paladar, tátil, vestibular e proprioceptivo) e isso pode afetar a criança no momento das refeições. A criança até se esforça para comer, mas determinadas texturas, cheiros, cores não caem bem. Ela tenta comer mas se sente inquieta com os estímulos recebidos do ambiente.

Não estou afirmando que toda criança que não come tem transtornos de processamento sensorial. Estou dizendo que muitas não estão fazendo frescura para comer. Não estão enrolando os pais. Se a criança não come, é necessário observar o que acontece no momento das refeições. Qual o padrão que essa criança segue. Como são os hábitos alimentares da casa ou o comportamento que essa criança apresenta. É fundamental conhecer nossos filhos para de fato conseguir ajudá-los como um todo.

Meu olhar se abriu sobre o assunto com o curso “O mundo sensorial por trás da alimentação” da @interagir.is Vou aos poucos repassando algumas informações que aprendi com a terapeuta ocupacional e com a nutricionista sobre a alimentação das crianças para vocês!

Não diga para os outros na frente da criança “ela não come isso” ou “ela é difícil para comer”!

Texto @magicasdemae Foto @ipecaramelo

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