Raquel chegou em casa me dizendo “Mamãe, tem uma amiga que leva salgadinho todos os dias, eu também quero”!
Eu nunca tinha me preocupado com a preparação do lanche das crianças. Até o ano passado eles estudavam em tempo integral e o cardápio era pensado por uma nutricionista.
Como neste ano eles vão apenas no período da tarde, cabe a mim pensar e elaborar uma lancheira que seja atrativa, gostosa e saudável!
Confesso para vocês que não é muito fácil. Eu super curto pensar em coisas que eles vão gostar de comer e sei que se estivessem em casa, comeriam tranquilamente o que eu coloco na lancheira.
Mas a questão é que em uma turminha de vários alunos, a variedade de lanches é grande. Cada amigo leva o seu próprio lanche e com certeza um vai ter interesse na comida do outro.
Raquel me disse “Minha amiga comprou um pão de queijo delicioso na cantina”. Expliquei para ela que de vez em quando a mamãe poderia dar um dinheiro para ela comprar algo na cantina. E basicamente, todos os dias ela me perguntava se seria naquele dia que ela iria comprar o pão de queijo delicioso. Depois de uma semana dei o dinheiro para ela e expliquei que mamãe não tem dinheiro para comprar todos os dias, é apenas de vez em quando.
Outro dia Raquel me diz “Mãe, a minha amiga me deu a pizza dela”. Falei que legal que ela te deu um pedacinho da pizza. Se ela sentir vontade você também dá do seu lanche filha. E ela me diz em seguida “Não mãe, ela me deu a pizza toda”.
Aff, fiquei morrendo de vergonha. “Como assim, ela não comeu filha?” E Raquel me explicou que a amiga não tinha gostado da pizza.
Sei que crianças são muito espontâneas e a hora do lanche reflete bem essa característica delas. Para elas a dinâmica é simples: tenho lanche e divido com meus amigos. Ele come tal coisa e eu também quero o mesmo. Se é bom ou saudável? Para eles isso não faz muito sentido, afinal os coleguinhas estão comendo e não estão passando mal.
Fazer os pequenos entenderem que a mãe colocou fruta, carboidrato, uma bebida para deixar a hora do lanche balanceada não tem importância alguma. Eles querem experimentar a comida do outro.
Raquel volta para casa e me fala novamente que queria um salgadinho igual ao da amiga. Expliquei que ela não pode comer salgadinho sempre.
Posso parecer uma dessas mães chatas, mas acho que as escolas precisam sim ter regras estabelecidas com relação ao que não pode ser enviado na lancheira das crianças. Alimentos como salgadinhos, doces e refrigerantes devem ser consumidos com supervisão dos pais. São eles que sabem se o filho pode ou não consumir tal alimento.
Ok, se o seu filho pode consumir alimentos que o meu não pode, é preciso ter o bom senso de saber que na escola vão existir muitas outras crianças que vão ficar com vontade de algo que elas não podem.
Este tipo de impasse pode ser resolvido facilmente em uma reunião entre pais e coordenação da escola para que o ambiente dos pequenos seja feito de muita alegria e experiências positivas.
O bullying nas escolas é uma preocupação crescente para muitos pais. Saber como lidar com…
Você já ouviu falar sobre bullying nas escolas? Infelizmente, é uma realidade que afeta muitas…
Pessoas autistas ou qualquer outra pessoa com deficiência possui desconto para passagens de avião? Precisa…
Muitos adultos estão recebendo o diagnóstico de autismo e de TDAH apenas na vida adulta.…
Como uma pessoa que tem déficit de habilidades sociais consegue fazer amigos? Vou te explicar…
Já parou para pensar em quantas situações você acabou se sabotando depois da maternidade? Como…