Vida Com o Bebê

Ele é mesmo seu filho? Tem Certeza?

Ele é mesmo seu filho? Tem certeza?

Sim, eu já ouvi essa pergunta algumas vezes! Quem perguntou isso?

Pessoas que nunca me viram na rua.

Mas por qual razão uma pessoa que nunca te viu, toma a liberdade de fazer tal pergunta?

No meu caso eu tenho certeza que é por conta da diferença de cor entre eu e as crianças. Eu tenho a pele mais morena, cabelos escuros. E meus filhos são bem branquinhos. Puxaram o lado alemão do pai Truques de Pai.

Uma vez no shopping, em uma loja de brinquedos, eu estava olhando os brinquedos junto com Samuel e a gerente da loja começou uma conversa:

GERENTE – Que bebê lindo! É seu?

MÁGICAS DE MÃE – Obrigada! É meu sim!

GERENTE – Nossa, como ele é branquinho! É seu mesmo?

MÁGICAS DE MÃE – Sim, é meu! O pai é bem branquinho!

GERENTE – Nossa, mas você é muito mais escura que ele. É seu mesmo?

Nessa hora eu encerrei a conversa. Fiquei meio de saco cheio de ficar convencendo uma pessoa que eu nunca tinha visto antes de que o meu filho era realmente meu!

A gente acha que esse tipo de pessoa, totalmente sem noção, só habita as histórias de novelas. Mas sim, elas existem na vida real!

Mesmo que o filho não fosse meu de sangue, poderia ser meu filho adotivo! Vemos muitos casais que adotam crianças e sendo assim muitas vezes os tipos físicos não batem com o dos pais. E mesmo sendo diferentes, eles são filhos iguais!

Já ouvi muitas pessoas dizendo “como são branquinhos”. Realmente são! Mas são meus! Uma mistura minha com a do pai!

Minha maior reflexão sobre o assunto é justamente para tomar cuidado com a forma como se faz uma pergunta dessas! Realmente se coloque no lugar da criança e da mãe que possam ser frutos de um processo de adoção! Muitas vezes os pais ainda não conversaram sobre essas diferenças com as crianças!

E de verdade, se contente com a primeira resposta que a mãe ou pai te derem. Aliás, pode ser que a resposta seja apenas uma cara feia e um “o que você tem a ver com isso”?

Comentários

Kely Varela

Kely Varela, 33 anos, atriz, mora em Curitiba e há quatro anos descobriu a benção da maternidade. Hoje é mãe de um casalzinho e deseja compartilhar suas experiências com as demais mamães.

View Comments

  • Minha filha teve sua primeira filha aos 20 anos. Ela aparentava muito menos, tanto que, ao marcar consulta no SUS quiseram incluí-la no grupo de "Gravidez na Adolescência". Depois que o bebê nasceu, muita gente perguntava se era dela e ainda acrescentava: "Nossa, tão novinha"! Muitas vezes a vi ficar encabulada com os comentários, e, não que fosse da conta das pessoas, mas ela já era casada quando engravidou,

    • Olá Neila,
      Muitas vezes acredito que as pessoas falem por impulso e sem maldada. Mas a insistência de alguns é muito chata. Algumas vezes tem o lance que parece racismo e outras fico pensando na
      criança que pode por exemplo ser adotada e não saber que é.
      Acho que de modo geral precisamos de boas doses de bom senso.
      Beijo grande para você!
      kely

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