A depressão atinge milhares de pessoas no mundo. Ela não escolhe o gênero da pessoa ou a classe social. Ela simplesmente ataca!
Esse texto diz respeito a qualquer pessoa que sofra com a depressão ou que possua alguém na família com a doença. Esse texto é para qualquer pessoa que tenta burlar a depressão ou ignora aqueles que sofrem com a doença.
Este texto tem um foco bem voltado para mulheres que são mães (pois essa é a minha condição) mas é também para filhos que sofrem com a doença dos pais.
Eu cresci em vendo minha mãe travar lutas e mais lutas contra a depressão. Dentro de mim eu sempre odiei essa doença, justamente por ela ter roubado tanto da vida da minha mãe e de todos que fazem parte da vida da minha mãe. Posso dizer com absoluta certeza que ver sua mãe chorar sem parar, acordar no meio da noite com o choro que ninguém consegue fazer cessar é algo muito triste.
Por muitos anos eu bati de frente com a depressão. Ela é uma doença tão egoísta que faz com que quem sofra com ela não consiga ter expectativa nenhuma e faz a pessoa leiga acreditar que quem sofre de depressão é o egoísta da história. É como se a pessoa que sofre fosse a culpada por sofrer. O leigo não consegue se colocar no lugar de quem passa. Não consegue assimilar como a pessoa não consegue sair deste estado. O leigo que acredita que a pessoa com depressão é egoísta, não consegue exercer a empatia e simplesmente entender.
Durante anos eu jurei para mim que nunca deixaria a depressão me abalar. Por isso, há muitos anos faço terapia. Por isso quando me sinto triste ou exausta de lutar, eu simplesmente penso no que eu não quero para mim.
Mas não basta a gente dizer “não quero sofrer com a depressão”. Por mais que você tenha uma força sobre humana, talvez o correto não seja simplesmente fugir. É preciso tomar coragem para enfrentar ela de igual para igual.
Os últimos anos tem trazido uma carga tão pesada para mim, que cheguei num ponto que parei de dizer “Não quero tomar remédios para não ficar viciada nos medicamentos” ou “eu posso vencer a depressão sem ajuda de nenhum remédio”. Cheguei no momento em que precisei dizer “Ok, vamos tratar essas emoções com a ajuda de algo que me faça lidar melhor com as emoções”.
Eu não estava mais conseguindo dormir. Não sentia vontade de trabalhar. Não tinha forças para ir atrás de coisas que sempre me fizeram felizes. Não tinha ânimo para procurar os amigos. Não tinha paciência para entender as demandas dos meus filhos. Me sentia culpada por não estar sendo uma mãe paciente.
Um ciclo que precisava e ainda precisa ir embora.
Preciso estar bem para lidar com as demandas que a vida tem me dado. Meus filhos estão em um momento crucial que precisam de uma mãe bem equilibrada e paciente ao lado deles. Uma mãe que transmita força e “tudo vai ficar bem”. Mas sozinha, eu não estou conseguindo tudo isso.
E se você está se sentindo depressivo, é preciso encarar as suas verdades. É necessário buscar apoio médico ou psicológico que te impulsionem a sair dessa fase ruim. Quando não aceitamos alternativas de tratamento, estamos desistindo de nós mesmos. O mundo pode sim nos estender a mão, mas é preciso agarrar a oferta.
Se você conhece alguém com depressão, não desista dessa pessoa. Ao menos tente! Mostre alternativas. Muitas vezes ela não vai aceitar. Você vai sentir raiva dela. Vontade de virar as costas e dizer “se vire”. Mas tentar é o mínimo que você pode fazer. Se você conseguir vai ter um retorno positivo para todos. Se você não conseguir, ao menos sabe que mostrou alternativas, que fez seu trabalho.
Não é feio admitir que você está no seu limite. Acredite, o melhor que você pode fazer por você e por aqueles que você ama, é tentar, tentar e tentar. sempre…
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