Hoje foi um dia difícil: eu atolada de coisas para fazer e Samuel se negando a colaborar.
Ele não queria fazer nada. Não queria comer. Não queria trocar de roupa. Não queria caminhar. Não queria ir para a escola.
Meu pequeno filho só queria ficar comigo. Tudo que ele mais desejava era ficar em casa comigo.
Tentei conversar com ele dizendo que a escola é um lugar legal e que lá tem vários amigos. E ele de braços cruzados e um bico enorme me disse “Só gosto dos amigos da outra escola. Só gosto da professora da outra escola”. E não teve jeito de fazer ele entender que essa escola é boa e que é um lugar legal.
E fui tirando a roupa dele. Ele chorando. Fui colocando a roupa da escola e ele querendo tirar tudo. Coloquei o tênis e quando vejo ele jogou o calçado longe.
E eu mega atrasada! Com pressa. Tendo que correr contra o relógio.
E que culpa tem ele com os meus horários?
Nenhuma!
Infelizmente nem sempre temos a possibilidade de parar e ficar todo o tempo do mundo com nossos pequenos. Ter não só a paciência mas a calma para resolver esses impasses.
Crianças não funcionam no nosso mesmo ritmo. Elas tem um relógio diferente do nosso sim. E saber equilibrar nossa rotina atribulada com a delas não é algo muito fácil.
Hoje, saí com Samuel nas minhas costas estilo cavalinho. Fui carregando o peso dele, mochila pesada da Raquel em um braço e bolsa no outro. Ia num passo meio acelerado e sempre parava para esperar Raquel que andava no passo dela. Não apressei ela. Sabia que a falta de tempo era minha e não deles.
Cheguei na escola e entreguei Samuel meio que na pressa para a professora. Ele começou a chorar. Não queria ficar na escola. Então, expliquei de novo “mamãe já volta” e ele choramingando pediu o colo da irmã.
Nesse momento me deu um estalo no coração. Ele sente vontade do aconchego da família. De estar perto de mim, do papai e da irmã e no entanto precisa ficar na escola. E eu sei que ele fica num lugar muito bom e com pessoas capacitadas e carinhosas com ele. Mas é como nós: também gostamos de ficar na nossa casa ao invés de sair para trabalhar.
Sei que no caminho para pegar o ônibus me bateu um sentimento muito grande de culpa. Desses que mãe tem vez por outra. Queria poder dar mais atenção para ele. Andar só no compasso dele. Não ter a obrigação de chegar no horário certo para trabalhar e ter todo o tempo do mundo para fazer ele perceber que a escola é algo muito bacana para ele.
Meu coração ficou com vontade de voltar na escola e pegar meu filho e dizer “hoje você vai ficar só com a mamãe“. Hoje você não precisa chorar por conta de querer ficar com a mamãe.
Por mais que eu saiba que essa culpa não me cabe, que faço o meu melhor, eu realmente só queria não ser a responsável pelo choro do meu querido filho.
E assim segue a adaptação na nova escola. E assim meu coração continua apertado com cenas que eu espero que passem logo!
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Meu Deus..este post descreve exatamente o que acontece comigo todos os dias!meu filho hoje disse...eu sinto falta de você do papai mãe!quase morri!mas não posso largar meu emprego!e tão menos meu marido!meu filho e nós (eu e meu esposo) sofremos muito ter que deixar ele o dia todo na escola!#triste_rotina