Pré-Escola

Meu Filho Apanha dos Coleguinhas na Escola…

A fase escolar é também um momento tenso quando o assunto é a integridade física das crianças.

Uma mãe me escreveu dizendo que o filho havia apanhado de um coleguinha na escola. Nas primeiras vezes o menino chegou com mordidas nos braços em casa. Depois de uma semana o mesmo amigo que havia mordido, empurrou o menino com toda violência. Ela estava indignada e também sem saber ao certo qual seria a melhor atitude, visto que o menino que bateu e mordeu era também uma criança pequena.

Eu lembro das vezes em que Samuel chegou em casa com mordidas. Eu ficava muito chateada. Sempre perguntava para a professora o que havia ocorrido e ela me explicava que havia acontecido em uma disputa de brinquedos. As professoras nunca me diziam quem tinha mordido, mas Samuel sempre entregava o nome do amiguinbho que havia mordido.

Recordo ainda que várias vezes minha sobrinha voltou cheia de mordidas e beliscões da escola. E lembro da avó dela furiosa querendo ir na escola para tirar satisfações com a criança que havia batido na neta.

O fato é que nenhuma mãe ou pai gosta de ver que seu filho está sofrendo algum tipo de agressão. A violência cometida pela outra criança muitas vezes é motivada pelo fato de que são crianças pequenas que não tem ainda discernimento do que podem ou não fazer.

A fase das mordidas é bem comum em crianças pequenas e acontecem geralmente nos momentos de disputas por brinquedos ou atenção de um adulto. As crianças pequenas não sabem ainda como expressar o que sentem e muitas vezes o caminho que encontram é através das mordidas. Claro que isso não é certo. Mas também não é certo ser violento com a criança que cometeu o ato. É preciso que os adultos responsáveis pela criança, no caso as professoras e os pais, ensinem aos pequenos que bater ou morder é errado.

Geralmente as professoras sabem quem são os alunos que tendem a se comportar desta maneira. É necessário que elas tenham uma atenção redobrada com eles para que estes episódios não aconteçam no ambiente escolar.

Se as crianças são maiores e costumam agredir os colegas de sala de aula, é preciso que a escola e os pais conversem muito a respeito e expliquem que ninguém tem o direito de bater em outra pessoa. É dever da escola manter a integridade física e emocional de todas as crianças.

Claro que vamos ficar revoltados se os nossos filhos chegarem em casa machucados ou tristes por conta de atos agressivos de colegas. Neste momento é importante que a gente cuide bem dos filhos e explique que o que o colega fez foi errado. Deixar claro que nada justifica um ato violento e que nós vamos fazer o necessário para que isso não se repita.

Não demonstrar na frente deles a nossa raiva ou indignação pode ser difícil mas é uma forma de preservar a própria criança que não vai se envolver mais ainda em uma história chata. Se o seu filho sofreu qualquer tipo de agressão, converse diretamente com a professora, coordenadora da escola e expresse que você não quer que isso se repita.

É função da escola chamar os pais do outro aluno e conversar com eles. Muitos pais não sabem do mau comportamento dos filhos. É preciso que eles tomem as atitudes necessárias com os filhos para que este filho não volte a ser violento com os colegas.

Mas Kely, e se isso se repetir muitas vezes?

A primeira coisa que você deve conversar com seu filho é justamente que ele não deve deixar isso acontecer novamente.

Mas como uma criança faz para evitar isso?

Pois bem, a melhor maneira é ensinar ao seu filho que quem bate não está tendo uma atitude de amigo. Que se o outro bate pode ser que ele não seja seu amigo de verdade e que o melhor é ele ficar longe até que o coleguinha mude suas atitudes. Muitas vezes as crianças querem agradar outras crianças e acabam servindo de vítimas.

Não incentive que a criança bata no colega como forma de defesa.

A melhor maneira de livrar seu filho dessas situações é muita conversa: com seu filho e com a escola que deve conversar com os responsáveis pela outra criança.

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Kely Varela

Kely Varela, 33 anos, atriz, mora em Curitiba e há quatro anos descobriu a benção da maternidade. Hoje é mãe de um casalzinho e deseja compartilhar suas experiências com as demais mamães.

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