Eu sei que o primeiro dia de aula é um momento extremamente delicado para a criança e também para nós mães. Imagino que não deve ser fácil para as professoras também.
Ontem mesmo vi várias crianças aos prantos depois que os pais foram embora. Elas continuavam chorando e sendo consoladas pelas prestativas professoras.
Elas precisam realmente de muita paciência e jogo de cintura para entreter os pequenos.
Uma cena me deixou um pouco com raiva. Uma senhora da escola veio e tentou pegar Samuel que estava aos prantos grudado em mim. Ela tentava puxar ele pelos braços e então ele berrava mais ainda.
Ela não era nenhuma das professoras que estavam ali recebendo as crianças. Não sei quem ela é na escola. Deve ser uma orientadora. Também sei que a intenção dela em pegar Samuel foi das melhores.
Mas vamos aos masssss….
Eu fui para a escola levar meu filho com toda paciência do mundo. Conheço ele e como ele se comporta cada vez que vou deixar ele na escola. É sempre uma choradeira. É sempre querendo ficar apenas comigo e se recusando a entrar na escola.
E deixar ele em um lugar totalmente novo também me deixa um pouco ansiosa, por isso mesmo, me preparei para que o momento fosse realizado com toda calma do mundo. Não quero que ele fique traumatizado. Quero que ele goste de ir para a escola. E na minha cabeça, se alguém o arranca dos meus braços, isso não é o mais indicado para que ele queira ficar naquele ambiente.
Hoje o processo foi bem tenso novamente. Era outra professora e ela me disse “mãe, quando você quiser que eu pegue ele ou você precisar ir embora é só me avisar. E ela foi brincando com ele. Fez coceguinha. Ele deu risadas com ela. Mostrou o lanchinho da lancheira todo orgulhoso. Mas não queria sair de perto de mim. Depois de vinte minutos, eu decidi levantar e sair. E ele imediatamente percebeu. E expliquei que iria trabalhar. Ele chorou. Começou a gritar “quero a mamãe”. Mas eu dei um beijinho e saí de perto.
A professora pegou ele no colo e ouvi ela conversando e dizendo que tudo iria ficar bem, que logo eu iria voltar.
Sei que depois de uns minutos ele deve ter se acalmado. Mas eu fui embora da escola com o coração tão apertado. Não queria que ele sofresse. Que pensasse que eu estou abandonando ele. Minha vontade era de voltar e pegar nos braços… mas também sei que preciso trabalhar e que a escola é um lugar bom e seguro para ele ficar.
O processo de adaptação precisa ser realizado com muito carinho, paciência e também firmeza. E quem deve se mostrar firme na história, somos nós! Não devemos mentir, não devemos inventar histórias, nem se prolongar demais nas despedidas… mas esse processo das primeiras semanas precisa sim ser feito com muita serenidade por toda a equipe que está recebendo as crianças na escola e também os pais!
Bem, isso foi o segundo dia de aula de Samuel. E assim vamos seguindo com a adaptação do pequeno.
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